Por que ensinar neurociência?

A project by Cogni'Junior

Por que ensinamos neurociência na sala de aula?

Situação atual

Nossa sociedade evolui tão rápido quanto os novos desenvolvimentos tecnológicos. Nós queremos que nossos utensílios sejam mais rápidos e mais atraentes. Os professores têm dificuldade com a falta de atenção que as crianças demonstram na sala de aula.

As escolas agora precisam lidar com essa questão de como melhorar a atenção e o aprendizado: os diretores e professores precisam trabalhar juntos para chegar a novas soluções. Estas escolas trabalham em colaboração com experts em educação, pesquisadores e professores com métodos de ensino inovadores (como por exemplo, intervenções de François Taddei ou Stanislas Dehaene) para entender melhor os processos de aprendizado e para reavaliar os processos de ensino aplicados em classe.

Como parte desta abordagem, nós da OCEANA, estamos trabalhando em questões como:

Como podemos otimizar o aprendizado e a concentração dos estudantes que têm seu comportamento e concentração afetados pelo novo modo de vida nos dias de hoje?

Que estratégias devemos adotar para otimizar as estratégias de ensino para facilitar a vida dos estudantes e dos professores?

 

Importância da neurociência

Nos dias de hoje, estas questões estão vindo à tona e estudos científicos tem sido conduzidos nos campos das ciências sociais, cognitivas e neurociências. Não há milagre para melhorar a educação, mas as conclusões das pesquisas atuais em educação e aprendizado serão capazes de facilitar a vida das pessoas que trabalham com educação ao aprovar ou rejeitar métodos e estratégias científicas existentes. Estes resultados de pesquisas podem guiar e informar políticas educacionais na direção do desenvolvimento da educação. Ao longo do tempo, este direcionamento permite mais parcerias entre pesquisadores e educadores, permitindo a ambas as partes o sucesso de atingir seus objetivos de investigação-ação.

Muitas funções do cérebro estão envolvidas na forma como aprendemos, incluindo atenção, memória, a regulação das emoções e da motivação, e a maneira como lidamos com o estresse. Naturalmente, estas funções também afetam o bem estar do indivíduo na escola. Há certas soluções propostas para aprimorar a educação e o aprendizado, baseadas em múltiplas evidências científicas. Um exemplo é a necessidade de uma boa noite de sono para ajudar na retenção de (novas) informações. Infelizmente, esta extensa demanda da equipe educacional para fazer uso de pesquisa neurocientífica nos métodos de ensino necessita de tempo. Aqui, na CogniJunior, e em todos os projetos relacionados, nosso objetivo é começar a plantar as sementes para oferecer um ambiente fértil para testar e determinar quais métodos de ensino são úteis. Em paralelo, nós queremos descartar métodos que aparentam ser baseados em conhecimento neurocientífico mas que não são validados cientificamente de fato. Finalmente, para o aprimoramento da educação de nossas gerações futuras, nós esperamos minimizar a expansão destes métodos de ensino não validados cientificamente, enquanto encorajamos o crescimento de métodos que são validados.

Nós nos baseamos em pesquisas que mostram que:

  • Ensinar como o cérebro e o aprendizado funciona melhora o desempenho acadêmico: Dekker & Jolles, 2015; Paunesku et al., 2015; Claro & Dweck 2016
  • Regular o estresse e emoções importa no cérebro em desenvolvimento: Hedges & Woon, 2010
  • Entender como a atenção, funções executivas e emoções funcionam e podem ser reguladas interfere nas habilidades socio-emocionais e nos resultados profissionais futuros:: Diamond 2010, 2011; Schonert-reichl et al., 2015; Deheane – 2014, Houdé – programa escolar em andamento 2017